O Desafio de Nala, a Coruja

Nala era uma coruja jovem, mas já havia se tornado uma das melhores caçadoras da floresta. Sua visão afiada e suas asas silenciosas faziam dela uma predadora habilidosa. No entanto, havia algo que Nala ainda não conseguira superar: o medo de voar durante as tempestades.

Toda vez que uma tempestade se aproximava, Nala se escondia em seu ninho, esperando o vento e a chuva passarem. Seus amigos, as outras corujas, voavam corajosamente pelos céus, mesmo com o tempo ruim. “Você deveria tentar, Nala”, diziam eles. “Você é uma caçadora incrível! Por que tem tanto medo?”

Nala nunca soube responder. O simples pensamento de voar em meio à ventania e aos relâmpagos a deixava paralisada.

Um dia, uma forte tempestade se formou sobre a floresta. O vento uivava e as árvores balançavam violentamente. No entanto, dessa vez, algo estava diferente: Nala ouviu um grito distante. “Socorro!” Era seu amigo, Milo, o esquilo, que estava preso em uma árvore alta, com o galho prestes a quebrar.

Nala sabia que ninguém mais poderia salvar Milo. O tempo estava ruim demais para que os outros animais o ajudassem, e o galho não aguentaria muito tempo. Ela olhou para o céu, vendo os relâmpagos cortarem as nuvens. Seu coração batia forte, mas, no fundo, sabia que era sua única chance de salvar o amigo.

“Eu posso fazer isso”, disse para si mesma, tentando conter o medo.

Com um impulso poderoso, Nala abriu suas asas e se lançou ao céu. O vento a empurrava de um lado para o outro, mas ela manteve o foco. Voou o mais rápido que pôde, desviando dos galhos e relâmpagos, até alcançar Milo.

“Segure-se em mim!”, gritou Nala, estendendo suas garras. Milo, tremendo de medo, segurou-se com força nas penas da coruja, e juntos, eles voaram de volta para um lugar seguro.

Quando pousaram, ofegantes, Milo olhou para Nala com gratidão. “Você me salvou!”, disse ele, abraçando-a.

Nala, ainda tentando recuperar o fôlego, percebeu que havia feito algo que jamais imaginou ser capaz: ela voou durante a tempestade e superou seu maior medo.

A partir daquele dia, Nala não temia mais o vento e os relâmpagos. Ela sabia que a coragem não era a ausência de medo, mas sim a capacidade de superá-lo quando mais importava.

Gostou?
Compartilhe!

Siga nosso perfil no Instagram e não perca nenhuma história!

Categorias